📸 Roberto Parizotti (Sapão)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, no dia 30 de dezembro de 2024, o decreto que institui o novo valor do salário mínimo de 2025. O piso nacional foi fixado em R$ 1.518, o que representa um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412, vigente até 31 de dezembro de 2024.
O reajuste seguiu a política de valorização do salário mínimo, que leva em consideração a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos 12 meses anteriores, mais a taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. O aumento real é limitado a 2,5% acima da inflação, com um mínimo de 0,6%.
Para 2025, o INPC acumulado foi de 4,84%, e o PIB de 2023 foi 3,2%, resultando em um reajuste total de 7,5%.
Impacto na economia
O novo salário mínimo beneficia cerca de 59 milhões de brasileiros, cujos rendimentos estão atrelados ao piso nacional, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse valor também corrige diversos benefícios sociais, como:
- Benefício de Prestação Continuada (BPC)
- Abono salarial
- Seguro-desemprego
- Aposentadorias e pensões do INSS
Política de valorização do salário mínimo
A política de valorização do salário mínimo foi uma conquista da CUT e demais centrais sindicais. Desde 2004, a entidade mobilizou trabalhadores e pressionou o governo federal para garantir reajustes que garantissem ganhos reais acima da inflação.
Entre 2003 e 2017, o salário mínimo teve um ganho real acumulado de 77,01%, segundo o Dieese. No entanto, essa política foi interrompida após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Durante os governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), o salário mínimo perdeu reajustes acima da inflação por cinco anos consecutivos, o que impactou o poder de compra dos trabalhadores.
Desde a retomada da valorização em 2023, o salário mínimo já teve três aumentos consecutivos acima da inflação, saindo de R$ 1.212 em 2022 para R$ 1.518 em 2025, um acréscimo de R$ 306 no período.
Fonte: CUT Brasil