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28 de fevereiro: Dia Mundial de Combate às Lesões por LER/DORT

Nesta quarta-feira (28) é celebrado o dia mundial de combate às lesões por LER/DORT (Esforço Repetitivo ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). Essa doença é um dos principais problemas de saúde enfrentados pelos trabalhadores (as) no Brasil e no mundo.

A sigla foi criada para identificar um conjunto de doenças que atingem músculos, tendões, nervos (dedos, mão, antebraços, braços e pescoço) e tem relação direta com as condições de trabalho.

A PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostrou que em 2013, mais de 3,5 milhões foram diagnosticados com LER/DORT. Há décadas, dentre as doenças ocupacionais, são as mais frequentes nas estatísticas da Previdência Social.

Essa doença por esforço repetitivo representa o reflexo nas mudanças ocorridas nas condições e ambientes de trabalho. Processos automatizados, aumento do ritmo de tarefas, novas formas de gestão com ênfase na produtividade e lucro estão entre as causas.

Com a nova reforma trabalhista e ampliação da terceirização, projetos aprovados pelo governo Temer, esse tipo de lesão tende a se ampliar.

A falta de suporte social no trabalho, gestão baseada no assédio moral e pressão psicológica constante, também contribuem para o surgimento e agravamento das LER/DORT.

Em categorias como a de bancários, esses adoecimentos continuam ocorrendo, mas cada vez mais acompanhados por transtornos psíquicos, decorrentes das pressões por metas, pelas cobranças contínuas, pelas humilhações e assédio moral.

Os serviços públicos seguem também a lógica do setor privado, adotando contornos semelhantes, com progressiva e rápida diminuição dos concursos e aumento dos terceirizados.

Dificuldade de afastamento
A dificuldade do trabalhador de se afastar em decorrência dessa doença é outro fato que só agrava ainda mais a vida dos lesionados. Quem tem LER/DORT, o tratamento é o afastamento do trabalho. Isso é obrigatório, entretanto, cada vez mais o INSS dificulta esse tipo de afastamento.

Provar junto aos peritos do INSS que as lesões foram contraídas devido aos ambientes nocivos à saúde dentro das empresas sempre foi uma dificuldade, mas agora, com as mudanças feitas pelo governo nas perícias ficou muito pior.

Se negado o pedido de afastamento, o lesionado só poderá solicitar a reconsideração após 30 dias. Além disso, o perito que negou o laudo da primeira vez pode ser indicado para analisar o pedido de reconsideração.

Esta situação dificulta a vida dos trabalhadores que precisam desse afastamento. Na maioria das vezes, quem não aceita o retorno do trabalhador é o próprio médico da empresa, já que em grande parte dos casos o trabalhador não está apto a retornar ao trabalho, pois a LER/DORT não tem cura.

Diante de todos esses ataques, o Setorial de Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas orienta para que todas as entidades e movimentos a partir das suas regionais alertem os trabalhadores sobre a importância desse tema, em seus locais de trabalho.

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Veja também: Cartilha de Saúde do Trabalhador

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