NotíciasDEMISSÕES OAB/SE: NÃO SE TRATA DE LEI, E SIM...

DEMISSÕES OAB/SE: NÃO SE TRATA DE LEI, E SIM DE JUSTIÇA!

Fomos surpreendidos na semana passada com funcionárias mulheres sendo demitidas na OAB Sergipe, algumas com quase dez anos de casa. Infelizmente essa não é uma situação diferente do que ocorre a cada troca de gestão no sistema OAB em todo o país. O problema em relação a seccional sergipana são os os motivos, não há. Após uma primeira tentativa de marcar reunião com o Presidente da seccional, Sr. Inácio Krauss, o mesmo, através de aplicativo de mensagens, nos informou que somente seria possível uma reunião após o dia 18 de fevereiro. Um prazo muito distante para fatos que estavam ocorrendo na ordem do dia, motivo este que provocou o sindicato a marcar um ato contra as demissões.

Felizmente no final da última sexta-feira o sindicato recebeu uma ligação da OAB/SE solicitando uma reunião para a terça, 05, para tratar da demissões, o que foi determinante para a suspensão do ato. Três questões são cruciais para o sindicato sobre o porquê as demissões são infundadas: Durante todo o segundo semestre de 2018 foi divulgado que a seccional estaria fechando o ano com superávit, encerrou com um milhão e duzentos mil reais. Além disso o PCS – Plano de Cargos da OAB/SE, aprovado em 2013, prevê a realização de avaliações de desempenho anuais, o que nunca ocorreu. Uma terceira questão é o quadro funcional que já estaria demasiado enxuto. “Então, se não há dificuldade financeira, se não há problemas disciplinares e se o quadro está enxuto, qual seria o motivo para as demissões?”, indaga o Presidente do Sindiscose Igor Fernando Baima.

Durante a reunião ocorrida entre o Sindiscose e a OAB/SE, ontem, 05, o Presidente da OAB/SE nos respondeu, entre outras palavras, que existem 3 formas de demissão: justa causa, sem motivo e rescisão indireta e que as demissões – que seriam “mínimas”, segundo ele –  estão ocorrendo sem justa causa, e que a lei permite. Além disso, que os funcionários não se enquadram no “perfil da gestão” e que até o dia 28 de fevereiro a “equipe da gestão” estaria fechada.

Saiba mais

URGENTE: Ato suspenso, OAB/SE marca reunião

Plano de Cargos da OAB prevê seleção externa e avaliação de desempenho anual

Ato contra demissões na OAB Sergipe ocorrerá Terça-feira

Entendemos que essa situação precisa mudar, não se trata de lei, se trata de justiça! Não é possível ser contra a reforma trabalhista e aplicar a reforma contra seus funcionários. Mesmo estando em nosso acordo coletivo que as homologações devem ser feitas no sindicato da categoria, a primeira demissão foi realizada sem homologação do sindicato, sob a justificativa que a “lei permite”, lei esta que está dentro do bojo da Reforma Trabalhista. Não é aceitável demitir, sem justificativas e sem necessidade, mães, mulheres chefes de família logo após a volta das férias. Esperamos da OAB o exemplo, que é possível ter relações trabalhistas humanas e nisso faltou a sensibilidade, faltou procurar o sindicato também para conversar. Não é verdade que a única solução seja a demissão, é possível realizar remanejamentos, é possível mudanças de setor, é possível mudança de local de trabalho. Quando o presidente da OAB diz que as demissões são mínimas, na verdade, para cada mulher demitida foi tudo, foi 100%.

O Sindiscose solicitou uma negociação em relação as demissões, se não seria possível revogá-las no todo ou em parte, e para ficar pior fomos informados que haveria mais demissões, “mínimas”.

Apoiamos e acreditamos em uma OAB que veja seus trabalhadores como pessoas, seres humanos que tem necessidades, que não representem simplesmente números. É preciso existir no ACT uma cláusula de estabilidade de pelo menos um ano, para que a cada troca de gestão o clima de medo por seus empregos não se estabeleça entre os trabalhadores como está agora. Em outras seccionais como a OAB-DF, existe esse acordo, em 2019 aquela seccional que conta com mais de 200 funcionários demitiu apenas os cargos comissionados em número de 7 no total.

Para 2019 dizemos “ninguém solta a mão de ninguém”, e infelizmente a OAB já soltou a mão de quatro mulheres trabalhadoras, sem motivo nenhum.

 

.

SINDISCOSE Renova Convênio com o SESC/SE

Confira os Benefícios e Como Acessar os Serviços

Sindiscose na Luta pela vida e pelos Direitos das Mulheres Trabalhadoras

O Sindiscose, Sindicato dos Servidores em Conselhos e Ordens de Fiscalização Profissional e Entidades Coligadas do Estado de Sergipe,...

SINSERCON-RN exige afastamento de Presidente do CRT-RN após denúncia de assédio moral

Em carta aberta, ao Sindicato expressou preocupação com as recentes denúncias de assédio moral praticado pelo presidente contra servidores da autarquia.

TCU avalia transparência dos Conselhos Profissionais!

O Tribunal lançou um ranking sobre a transparência dos portais dos Conselhos Profissionais, com base na Lei de Acesso à Informação.

Novo valor do salário mínimo é de R$ 1.518 em 2025

O reajuste total foi de 7,5%, representando um aumento de R$ 106 na renda dos trabalhadores

SINDISCOSE cobra posicionamento de CRO, CAU e OAB sobre demandas dos servidores

Foram enviados ofícios aos Conselhos para tratar das pautas de 2025